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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pés no chão





Hoje eu me senti tão tristeMais suave é a vida quando você faz papel de irmão
Hoje eu perdi o sentido
Já não penso em mais nada
Além de anestesiar a minha solidão
Na neblina vi o seu sorriso tímido
Dizendo assim: 'tá tudo bem'
Vi o seu casaco abrindo os braços, me acenando
Como se não existisse mais ninguém
Tudo pode parecer um caos
Pois quando eu ando sem destino
Só você me traz de volta segurando a minha mão
E agora pode me levar no colo feito uma criança
Num filme de assombração
Não posso encostar os pés no chão
E agora pode me levar no colo feito uma criança
Num filme de assombração
Não posso encostar os pés no chão

No chão...
No chão...

Lembranças


Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, impossível de programar. Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. Com fórceps é que a criatura não sai.